Nesta segunda-feira (12), às
20 horas (pelo horário de Brasília), o poeta campo-grandense Febraro de
Oliveira fará o lançamento do e-book “Há Quarenta e Seis Pés”, escrito por 23
poetas de 20 estados brasileiros. A obra é resultado do curso virtual de
criação literária ´Abrindo brechas no cotidiano: deixar o poema fruir´, que
ocorreu de 14 de fevereiro a 28 de março. Este projeto foi contemplado pela Lei
Aldir Blanc, por meio da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo e Prefeitura
Municipal de Campo Grande.
Conforme o poeta, o livro é
influência do encontro remoto entre estes diversos poetas de estados
diferentes, escrevendo ao mesmo tempo, promovendo um intercâmbio cultural e
geográfico na escrita: “Um livro de poesia contemporânea brasileira feito a
muitas mãos, 23 poetas, por isso o nome do livro é “Há Quarenta e Seis Pés”.
Criado neste período de pandemia, produzimos durante dois meses e cada poeta
tem cerca de 10 páginas com textos que surgiram por meio de uma curadoria com
exercícios e provocações durante os 16 encontros que realizei. O resultado foi
surpreendente com uma qualidade técnica muito aprofundada e textos que abordam
o atual momento sem esquecer o passado”.
Febraro está realizando desde
01 de abril uma série de lives em seu Instagram, com os integrantes do e-book
para discutir o caminho da palavra em 40 dedos. Essas lives aconteceram até 07
de abril. Nesta segunda (12) será realizada a live/performance de lançamento do
e-book, com as artistas da dança Ariane Nogueira e Jackeline Mourão, ao lado de
Febraro, fazendo uma apresentação a partir dos poemas da obra. “É um momento
muito simbólico e que me emociona, pois em meio a uma pandemia, artistas de 20
estados se uniram para produzir uma obra, fazer arte, e criar também uma rede
de afeto e apoio”, comenta o poeta.
O livro foi ilustrado por Kim
Matos e a sua criação também foi coletiva, tendo contato direto com os
participantes por meio dos encontros virtuais. Sendo que as referências, tanto
dos textos quanto das ilustrações, partiram de outras linguagens como a dança,
o teatro, as artes visuais, a performance e o cinema como gatilhos provocadores
da escrita. Havendo momentos intensos de leitura, releitura, pesquisa e
encontro.