Com o propósito de promover o
aperfeiçoamento de artistas circenses locais e formar futuros multiplicadores
em Campo Grande e no Mato Grosso do Sul, a Cia Pisando Alto realiza o projeto
´Capacitação em portagem e acrobacia coletiva´, um curso que será ministrado
por profissionais renomados e reconhecidos nacional e internacionalmente. O
projeto está sendo realizado com o incentivo do Fundo Municipal de
Investimentos Culturais (FMIC), pela Fundação Municipal de Cultura (Fundac) e
pela Prefeitura Municipal de Campo Grande.
Fran Corona, uma das
idealizadoras da Cia Pisando Alto, conta que antes o conhecimento circense era
transmitido em grande parte de geração em geração entre as famílias circenses,
o que acabava restringindo o acesso a pessoas fora desse contexto. Com o passar
dos anos, com o circo contemporâneo e as escolas profissionalizantes, esse
universo vem se abrindo aos interessados.
“Porém, aqui em MS, pela
distância das grandes capitais, muitos ainda não tem acesso às técnicas
circenses. Para suprir essa carência, temos buscado promover capacitações para
conectar artistas locais com profissionais de fora, promovendo aprimoramento
técnico e formando novos multiplicadores no estado”, destaca Fran. Além do
aprimoramento técnico dos profissionais locais, o projeto também pretende
contribuir para à capacitação de professores e elaboração de métodos
pedagógicos eficazes para o ensino do circo e compartilhamento de práticas
bem-sucedidas.
Curso
será realizado em quatro módulos
A capacitação será realizada
em quatro módulos (durante quatro meses) e, cada módulo será conduzido por uma
companhia profissional de circo. Cada módulo contará com 7 dias de treinamento
prático (5 horas de duração por dia). Nas 3 semanas seguintes (após o módulo)
os participantes se reunirão três vezes por semana para treinar o que foi
aprimorado no curso, com supervisão dos monitores da Cia Pisando Alto. Ao todo,
no total, serão cerca de 248 horas de treino físico ao final do curso.
O primeiro módulo acontece de
06 à 12 de outubro, com a companhia ´Mano a Mana´. O segundo, de 03 à 09 de
novembro, com a ´Circo Le Chapeau´. O terceiro, de 08 à 14 de dezembro, com a
´Cia Bravata´. E, o último módulo, de 05 à 11 de janeiro de 2026, com a ´Trupe
Guezá´. Durante a semana os encontros serão de noite, das 18h às 22 horas e,
aos finais de semana, de manhã ou de tarde (o período será definido pelos
participantes). O curso será realizado no Ateliê Cênico da Pisando Alto.
Conheça as companhias e artistas que conduzirão o curso
A ´Mano a Mana´ é uma companhia
circense especializada em ´Mão a Mão´ e pesquisa o diálogo com a ´Barra Russa´.
Com o espetáculo ´Atravessando Lugares e cursos de mão a mão´, já circularam
pelo Brasil, Argentina e Inglaterra. Em 2024, inauguraram uma Residência
Artística em Circo lançando o seu 1º livro ´Mão a Mão por Mano a Mana´.
Atualmente trabalham com as seguintes frentes: prática e ensino de ´Mão a Mão´
e ´Barra Russa´, publicação de pesquisas e o Festival de Mão a Mão anual, promovendo
encontros de treino.
Já a companhia circense ´Circo
Le Chapeau´ foi criada por Junior de Oliveira, artista circense, instrutor de
técnicas circenses, produtor cultural e diretor da companhia. Junior iniciou
nas artes circenses em 2003, em Campo Grande. Já em 2008 ingressou no curso
profissionalizante da Escola de Circo de Londrina. Em 2012 fundou o ´Circo Le
Chapeau´ e estudou na Escola Nacional de Circo no RJ. Em 2014, pelo Rumos Itaú
Cultural, realizou o projeto ´Residência artística Brasil – Bélgica´,
especializando-se em acrobacia aérea de quadrante. De volta ao MS em 2015,
desenvolveu oficinas e espetáculos de rua. E, em 2017, mudou-se para Dourados,
onde, junto à Cia TheAstai, criou o Instituto Sucata Cultural.
Fundador da ´Cia Bravata de
Circo e Teatro´, Rodrigo Mallet é professor, pesquisador e artista circense.
Possui mestrado, doutorado, bacharelado em Treinamento Esportivo e licenciatura
em Educação Física pela Universidade Estadual de Campinas. É membro do
CIRCUS/Unicamp (Grupo de Pesquisa em Circo). Atualmente está como professor doutor
do Departamento de Artes Cênicas da Universidade Estadual de Campinas. E,
também desenvolve pesquisas teóricas e práticas nas áreas do circo, teatro de
rua, mímica; corpo, linguagem e arte; pedagogia do circo e formação
profissional em circo.
Fundada em São Paulo há 24
anos e idealizada por Rubia Neiva, a ´Troupe Guezá´ é formada por artistas
circenses interessados nas práticas e pesquisas corporais acrobáticas em solo,
coletivas e aéreas. Tem em seu repertório diversos espetáculos: ´Petit Cirque´,
´Era Só o Que Faltava´, ´Se Vira na Lona´, ´ComPosições´, ´ELA ÉLÁ ELU em todos
os lugares´ e ´CORP+S´. Com passagens internacionais, Rubia iniciou no circo há
34 anos; ela é artista e professora circense, produtora, massoterapeuta, atriz,
acróbata e diretora artística.
Inscrições
são gratuitas e vão até 02 de outubro
Para se inscrever é preciso
preencher um formulário neste link. O curso é voltado para artistas circenses
que atuam com portagem e/ou acrobacia coletiva ou que tenham experiência prévia
na área. Os interessados também precisam ter disponibilidade para participar de
toda capacitação. Mais informações pelo telefone/whatsapp (67) 99169-0788 e
pelo Instagram do grupo @pisando.alto.